domingo, 23 de novembro de 2014

Curso Pastelaria/Padaria

Gente consegui entrar no curso de Pastelaria/Padaria, prometo publicar as coisas boas que vamos fazendo no curso e inclusive experiências caseiras também.
:)

terça-feira, 18 de novembro de 2014

19 de Agosto de 2013 - O dia em que eu renasci!

Falar o que aconteceu neste dia, ainda dói bastante, e apesar de muita gente pensar que me faço de vitima só porque estou viva,não sabem a verdadeira história do que aconteceu, mas aqui vai.

Era segunda feira, como tal levantei-me ás 6h30m para tratar da minha avó antes de ir trabalhar.  Depois de ter tudo orientado e pronto, lá peguei na minha bicicleta fui trabalhar para a Renault de Ílhavo na Malhada, comecei a trabalhar ás 9h e sai do trabalho ás 18h. Ainda me lembro que tive que lavar um carro depois da hora de serviço para entregar a um cliente e pedi à patroa que me deixasse perto do meu outro trabalho NoMenu Aveiro nas Barrocas em Aveiro.
O dia me correu bem, consegui fazer as entregas depressa e o Filipe mandou-me embora antes da hora, sai eram cerca das 22h, deveria sair ás 23h.
Tal como ficou combinado comigo e com o David ele ia-me esperar ao pé da paragem dos galitos, para seguir comigo para casa. Mas nesse dia ele atrasou-se a apanhou-me a meio da estrada velha que vai desde Aveiro para a Gafanha.
Nesse dia tinham passado uns 3 ou 4 carros por nós a alta velocidade e até tínhamos comentado que se algum não nos visse seria a nossa morte.
Nem 2 minutos passaram quando fomos fortemente embatidos por trás, lembro-me de ouvir a buzina, de ouvir uma travagem brusca, mas depois apaguei.
Sempre ouvi dizer que quando morremos, vimos a nossa vida para trás em pequenos flashes, não foi isso que aconteceu comigo. Eu do lado de lá vi o meu corpo no chão, deitada de barriga para cima, também vi o David a levantar-se e a retirar a bicicleta onde ele ia do meio da estrada porque vinha outro carro a passar. Estavam mais duas pessoas comigo, não consegui perceber quem eram, disseram que ainda não era a minha hora e "empurraram-me" para a vida, com o empurrão comecei a gritar e foi assim que voltei a viver.
Tinha dores horríveis pelo corpo, o cheiro a borracha queimada era insuportável. Algumas pessoas que pararam para prestar auxilio ligaram algumas vezes para o 112 sem resposta, até que eu pedi que ligassem para os Bombeiros de Ílhavo diretamente. O tempo de espera foi imenso, o David desmaiava e voltava a ele, e sempre que voltava gritava por mim para saber se eu estava bem.
Fomos para o hospital para ser assistidos felizmente não tínhamos nada partido apesar de ainda não se ver bem as mazelas internas devido ao inchaço.
Os dois primeiros dias em casa foram um tormento, não tínhamos dinheiro para tomar a medicação, eu chorava dia e  noite, não dormia com as dores, finalmente ao terceiro dia consegui que alguém me fosse levantar as receitas, apesar das dores físicas terem minimizado devido á forte medicação que tomava. Sempre que fechava os olhos via o mesmo cenário, sentia o cheiro a borracha queimada e começava a chorar de desespero.
Ainda hoje sinto isto, infelizmente fiquei com gravíssimas mazelas quer na coluna, quer no joelho direito. Apesar muitas vezes me apontarem o dedo a dizer que me estava a fazer de vitima, mas só eu sei o que sofro e o que sinto. Infelizmente não vou puder voltar a trabalhar.
Ainda tenho medo de andar na rua. Muito medo. 


O estado da minha bicicleta.